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sábado, 20 de agosto de 2011

Sennen Jooyu – Millenar Actress (せんねん じょうゆ)

Licença Creative CommonsHá alguns dias atrás, assisti a um imageanimê de longa metragem bem diferente dos outros que já tinha visto. Falo sobre “Sennen Jooyu” (“Atriz Milenar”, traduzindo para o português), dirigido por Satoshi Kon, conhecido também pela direção de “Perfect Blue”, em 1998 e Tokyo Godfathers, em 2003. Kon foi sempre bem recebido pela crítica e optava por trabalhar independentemente, sem precisar de ajuda das grandes produtoras.

A animação, feita em 2001, fala sobre Genya Tachibana um ex-funcionário de um estúdio de cinema que decide fazer um documentário sobre Chiyoko Fujiwara, uma atriz com mais de 70 anosimage de idade, que aposentou-se no final da década de 1960 e passou a viver longe das câmeras. Após várias tentativas, Tachibana consegue marcar uma entrevista com a atriz e aproveita para devolver-lhe uma chave encontrada entre os objetos de um antigo estúdio desativado. A partir disso, Chiyoko começa a contar a história de sua vida, desde que nasceu, durante o Grande Terremoto de Kanto, em 1923.

Durante sua adolescência, enquanto ocorria a 2ª Guerra Sino-Jaimageponesa, Chiyoko se apaixona por um pintor nascido na Manchúria (território no leste da China, ocupado pelo Japão entre 1932 e 1945), que estava ferido, fugindo dos policiais e leva-o para o depósito da loja de sua família, onde ele lhe entrega uma chave e promete que os dois se reencontrariam quando a paz voltasse. Pouco tempo depois, a garota torna-se atriz para participar de filmagens na Manchúria e reencontrar o pintor, assim, Fujiwara passa a vida procurando seu amado.

Enquanto narra sua biografia, os filmes em que atuou se misturam aos imagefatos de sua vida, mesmo assim, sem confundir a quem está assistindo ou fazer com que o espectador perca o interesse pelo anime, o que poderia acontecer se não fosse bem dirigido. Em todos filmes da atriz, que funcionam como símbolos de sua vida, além de resumir mil anos da história japonesa e a história do cinema no Japão, Chiyoko aparece sempre procurando pelo pintor, enquanto Genya a protege e ajuda em sua busca.

Pelo filme “Sennen Jooyu”, seu diretor recebeu o Grande Prêmio da Japan Agency for Cultural Affairs e recebeu muitos elogios dos críticos.  Infelizmente, Satoshi Kon faleceu no dia 24 de agosto de 2010, com um câncer no pâncreas.

Conta-se que o filme foi inspirado na história imagede Setsuko Hara, uma atriz japonesa nascida em 1920, que passou a ser conhecida na produção nipo-alemã “Atarashiki Tsuchi” (A Nova Terra) e tornou-se um símbolo da era de ouro do cinema japonês na década de 1950, participando de filmes famosos como “Pai e Filha”, de 1949 e “Era uma Vez em Tokyo”, de 1953, fazendo dupla várias vezes com o diretor Yasujiro Ozu. Hara se aposentou em 1963, mesmo ano da morte de Ozu, isolando-se em Kamakura, na província de Kanagawa e fugindo sempre da mídia desde então.

O filme “Sennen Jooyu” não foi lançado nos cinemas do Brasil, e também não está disponível para compra, mas, pode ser fácilmente encontrado com legendas para ser baixado na internet.


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sábado, 6 de agosto de 2011

Sadako Sasaki (佐々木 禎子)

Licença Creative CommonsLembro-me de há muitos anos, ter visto uma fotografia de uma pessoa imageque não conhecia no hotoke-san da minha obaachan. No inicio, pensei que fosse alguma pessoa da família, mas, algum tempo depois,  soube da história de Sadako Sasaki, e reconheci sua imagem ao pesquisar na internet. Como hoje, completam 66 anos do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, vamos contar um resumo de sua história, que é um exemplo de paciência e coragem, além de mostrar a importância de se manter a paz no mundo.
Sadako Sasaki nasceu na cidade de Hiroshima no dia 7 de janeiro de 1943. Quando tinha 2 anos, fugiu com sua família para escapar da  bomba atômica, e apesar de parecer ter saído ilesa, teve contato com a chuva negra que ser formou após a explosão.
Viveu sua infância normalmente, e gostava de correr. Certo dia, começou a sentir tonturas, e imaginou que era apenas um sintoma de imageum desgaste causado pelos exercícios, mas algum tempo depois, sentiu-se mal, caiu e ficou estendida no chão, por isso, foi levada a um hospital da Cruz Vermelha, onde a diagnosticaram com leucemia, um tipo de câncer no sangue, que é comum entre pessoas que se expuseram em excesso à radiação.
Enquanto estava internada no hospital, sua melhor amiga, Chizuko Hamamoto, contou-lhe sobre uma lenda, que dizia que se uma pessoa fizesse 1000 origamis de tsuru, teria um desejo atendido. Desde esse dia, passou a dedicar seu tempo à fazer dobraduras, mesmo quando tinha dores pelo corpo, causadas por sua doença, e sempre dizia aos seus tsurus: "Eu escreverei paz em suas asas e você voará o mundo inteiro”.
Infelizmente, Sadako faleceu no dia 25 de outubro de 1955. Conta –se que consegui fazer 644 tsurus, e seus amigos fizeram os restantes imagepara que ela pudesse ser enterrada com todos os 1000 origamis.
Após sua morte, seus colegas fizeram uma campanha para arrecadar dinheiro de estudantes do mundo inteiro. Com ess quantia, fizeram um monumento em sua homenagem, na Praça da Paz, Hiroshima, ele é formado por um pedestal de granito, que simboliza o monte Horai, no paraíso, e logo acima dela, há uma garota que segura um tsuru. Em sua base, existe uma placa onde está escrito: “ Este é o nosso grito, / Está é a nossa oração: / Paz no Mundo.”

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

9º Okinawa Festival - 2011

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Licença Creative CommonsEm São Paulo, todos os anos, ocorrem festivais para divulgar a cultura de várias províncias do Japão, entre eles, está o Okinawa Festival, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de agosto (sábado e domingo), no Clube Escola V. Manchester, praça Haroldo Daltro, sem número.
Este evento é realizado pela Associação Okinawa de Vila Carrão e pela prefeitura, recebe o apoio da SP Turis e faz parte do calendário da cidade, sendo um dos maiores dedicados à cultura japonesa.

O Okinawa Festival se iniciou em 2003, como “ Festival de Primavera  Bon-Odori”, em comemoração aos 95 anos da imigração japonesa no Brasil, e se focava em apresentações de Bon-Odori, dança típica japonesa, feita para celebrar o periodo do Obon (geralmente em agosto), em que, os espíritos dos antepassados voltam para este mundo após o pôr do Sol. Durante esses dias, as pessoas dançam músicas tradicionais alegres, fazendo movimentos leves.
A partir de 2004, o conceito do festival se altera, e passa a ter o objetivo de divulgar a cultura okinawana para os que não a conhecem e celebrá-la para os que conhecem.
Durante o evento, ocorrem várias atividades , como o Rádio Taissô; o Godo Enso (apresentação de música tradicional da província);  apresentações de artes marciais , como o karatê; grupos da taikô,  e minyo;  números de Bon-Odori e Eisa, com participação de todos; alegorias do leão Shi-Shi-Mai, entre outras atrações.
Também serão montadas barracas para servir pratos típicos de Okinawa, como o Okinawa Soba e o Hija no Shiru (sopa de carneiro).
Para participar do festival, será necessário levar 1kg de alimentos não perecíveis por pessoa. Esses alimentos serão destinados à instituições de assistência social.
Veja mais detalhes em: http://www.okinawafestival.com.br/index.php

*Fotos retiradas do site do festival.

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